Os 4 maiores desafios das mulheres empreendedoras
Momento Lifetime
Empreender é difícil para quem quer que seja. Mas para as mulheres, o desafio parece três vezes maior!
Embora elas representem 44% dos público empreendedor estabelecido no Brasil, ainda precisam encarar barreiras bem complicadas pelo simples fato de serem mulheres.
Uma delas, claro, é a falácia histórica que diz que elas são menos capazes que os homens.
Mas a lista vai bem além disso. Conheça alguns dos maiores desafios das mulheres empreendedoras.
1. Vida pessoal x dedicação aos negócios
Muitas mulheres precisam conciliar a vida empreendedora com atividades fora do ambiente de trabalho. Embora o mundo tenha mudado bastante nos últimos anos, elas ainda são as grandes responsáveis pela criação dos filhos, pela manutenção da casa pela relação com o parceiro.
Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que as mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens, por semana.
O resultado: é preciso se desdobrar em três para dar conta de tudo.
2. Educação desigual
No mundo, mais de 60 milhões de mulheres são proibidas de estudar. Isso revela o imenso abismo entre o tipo de educação que é dada a cada gênero.
Sem formação apropriada, elas não conseguem desenvolver habilidades básicas e necessárias para empreender no futuro.
Fora do ambiente escolar, a mulher ainda é basicamente educada para servir ao homem, compor família, dedicar-se aos afazeres domésticos. São poucos os lares que estimulam as meninas a ganharem o mundo ou darem asas aos seus projetos.
3. Machismo
Não bastasse a jornada dupla, a mulher ainda tem que enfrentar o preconceito e o machismo no mundo dos negócios. Não é comum que elas tenham que provar competência muito mais que as empresas tocadas por homens.
A luta contra a noção geral, e calcificada, de que os homens são mais competentes em assuntos de negócios ainda é grande. Essa ideia torna o ambiente empreendedor mais hostil para as mulheres e travam o desenvolvimento de habilidades.
4. A maré contra
Um estudo realizado pela consultoria EY revela que cerca de 60% das mulheres que acabaram de entrar numa empresa aspiram a crescer e ocupar posições mais estratégicas.
Com o desestímulo que sofrem ao longo da carreira, a porcentagem delas que ainda que mantém vivos os objetivos de carreira cai pela metade depois de apenas cinco anos trabalhando na área.
Há um constante bombardeio de informações dizendo que elas não são capazes ou não têm as habilidades necessárias para conquistar o mercado desejado.
Crescer no mundo dos negócios, especialmente para as mulheres, ainda é uma atividade de resistência.
Imagem: Shutterstock