A indústria da moda também diz NÃO ao assédio sexual
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Embora tenham sido as atrizes e trabalhadoras da indústria cinematográfica as primeiras a se manifestarem, as repercussões do caso do produtor Harvey Weinstein ultrapassaram as fronteiras de Hollywood.
Um dos maiores impactos foi no campo da moda. E não é coincidência: infelizmente, e durante anos, os abusos de poder e a manipulação foram costumeiros nessa indústria competitiva.
Após a viralização da hashtag #MeToo, proposta pela atriz Alyssa Milano, para que as vítimas de agressão sexual façam com que suas histórias e sofrimento sejam conhecidos, a modelo Cameron Russell decidiu dar um passo além. Em sua conta no Instagram e com a hashtag #MyJobShouldNotIncludeAbuse (meu trabalho não deveria incluir assédio), ela pediu aos seus colegas que compartilhem de forma anônima suas experiências de assédio por parte de fotógrafos e técnicos da indústria. As histórias comoventes não demoraram a chegar. É que, conforme diz Russell, no mundo da moda “há muitíssimos Weinsteins”.
A Model Alliance, uma organização trabalhista sem fins lucrativos, criada em 2012, também se manifestou. Em uma declaração recente, sua fundadora, a modelo e ativista Sara Ziff, afirmou: “Nós apoiamos as pessoas corajosas que compartilharam suas histórias e todos os sobreviventes de assédio e abuso sexuais. O assédio, o abuso e a agressão sexual não têm espaço dentro do processo criativo e não devem ser perdoados. As pessoas não são obrigadas a tolerar nenhum tipo de comportamento indesejável ou inapropriado, e muito menos nossa indústria”.
Dentre as várias modelos que compartilharam suas experiências, está Penny Lancaster, de 46 anos, que, graças ao fenômeno explosivo de #MeToo, criou coragem para falar abertamente sobre o abuso sexual que sofreu no início da sua carreira, há mais de três décadas. Além disso, Ambra Battilana e Cara Delevingne também fazem parte da longa lista de denunciantes do produtor Harvey Weinstein.
Você acha que a campanha #MeToo ajudará a frear o assédio sexual?