Whitney Wolfe, a criadora do Tinder feminista

Whitney Wolfe sempre foi um caso à parte: nascida no estado de Utah, nos Estados Unidos, uma região mórmon e profundamente conservadora, de mãe católica e pai judeu, ela aprendeu desde pequena a se destacar. A jovem de 27 anos se define como uma mulher ambiciosa, sempre pronta para tomar a iniciativa. Por isso, quando, há alguns anos, rompeu sua relação com Justin Mateen, um dos criadores do Tinder, empresa em que os dois trabalhavam, em meio a um escândalo de assédio sexual e violência, Whitney não se deixou amedrontar pela adversidade e decidiu criar seu próprio aplicativo de encontros amorosos.

Bumble é um aplicativo de encontros que, nos últimos meses, seduziu mais de 18 milhões de usuários no mundo todo. Diferentemente de outros aplicativos similares, ele foi criado para que as mulheres tomem a iniciativa. Embora sua interface compartilhe alguns pontos com a do Tinder, conservando o sistema de deslizamentos, aqui são as mulheres que devem iniciar a conversa depois de um match.

As usuárias têm apenas 24 horas para dar o passo inicial. Depois disso, se o diálogo não tiver começado, perde-se a possibilidade de se estabelecer contato com o homem em questão. “Sejamos sinceros, ninguém gosta de mensagens babosas nem das conexões que não nos levam a lugar nenhum”, explica um texto introdutório aos novos usuários.

Essas regras, no entanto, servem apenas para os heterossexuais. Nos matches do mesmo sexo, qualquer uma das partes pode abrir o jogo. Wolfe diz que isso procura “solucionar um problema antigo das relações entre homens e mulheres”.

À luz dos números, o Bumble é um sucesso. Foram registrados mais de 10 bilhões de deslizamento mensais e, segundo estimativas da empresa, isso contribuiu para formalizar mais de 7.500 compromissos e casamentos. Pode ser que isso tenha acontecido pelo fato de o aplicativo colocar em contato homens e mulheres que tenham compreendido as novas regras do jogo: o futuro será feminista!

Como foram suas experiências com os aplicativos de encontros?

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