Tenzin Palmo: a monja budista que viveu 12 anos em uma caverna
Tenzin Palmo, atualmente uma das monjas budistas mais influentes e reconhecidas do mundo, passou 12 anos em uma caverna do Himalaia
A jornada espiritual de Tenzin Palmo é um verdadeiro exemplo de determinação, coragem e perseverança. Essa monja budista, nascida no Reino Unido, passou 12 anos em uma caverna do Himalaia, estabelecendo um antes e um depois na história das mulheres dentro dessa religião.
Ela nasceu com o nome de Diane Perry em Hertfordshire, na década de 1940, e, desde sua adolescência demonstrou um interesse profundo pelas religiões, especialmente o Budismo. Decidida a se tornar uma bhiksuni (nome dado às monjas que praticam essa fé), Tenzin se mudou para a Índia aos 20 anos de idade.
Lá, ela pôde observar e sentir na própria pele a discriminação e misoginia existente entre os monges budistas: somente pelo fato de ser mulher, era excluída da maioria das atividades e tinha limitação ao acesso a informações e conhecimentos que, caso contrário, lhe seriam totalmente disponíveis.
Essa realidade foi, possivelmente, um dos fatores determinantes para sua decisão radical. Ela foi para uma montanha do Himalaia, a mais de 4200 metros acima do nível do mar, para viver isolada e se dedicar completamente às suas práticas espirituais.
E, lá, permaneceu por 12 anos, meditando, cultivando seus próprios alimentos e enfrentando temperaturas que chegavam a 35 graus negativos.
Curiosamente, o retorno à sociedade não aconteceu por vontade própria. Tenzin foi informada que, devido a problemas com seu visto, teria que deixar o país. Foi então que se mudou para a Itália, onde deu início a outro capítulo de sua incrível história.
Apesar de ter encontrado na solidão e no isolamento sua verdadeira natureza e sua missão na vida, a generosidade e a devoção dessa bhiksuni fizeram com que ela compartilhasse sua sabedoria e experiência com outras pessoas. Em 2000, Tenzin fundou, na Índia, o convento Dongyu Gatsal Ling, dedicado à formação e educação das mulheres no Budismo e, atualmente, dá conferências, palestras e cursos ao redor do mundo, com foco na igualdade de direitos e oportunidades para as monjas praticantes dessa religião.
E você, por quanto tempo poderia ficar isolada em uma caverna na montanha?
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