Natalie Portman fala sobre os abusos que sofreu quando era adolescente
“Eu fiz 12 anos enquanto rodava meu primeiro longa-metragem, ‘O Profissional’. Estava muito emocionada quando, aos 13, o filme estreou e meu trabalho e minha arte teriam uma recompensa. Abri a primeira carta de um fã e o que li foi a fantasia de um homem na qual ele me estuprava violentamente. Dois meses depois, a rádio local da minha cidade, iniciou uma contagem regressiva para o meu aniversário de 18 anos, data em que seria legal ter relações sexuais comigo. As críticas cinematográficas falavam dos meus ‘peitos incipientes’. Entendi muito rapidamente, aos meus 13 anos, que se eu quisesse me expressar sexualmente, me sentiria insegura e os homens se sentiriam no direito de comentar e objetificar meu corpo, para grande desconforto de minha parte”.
Foi dessa maneira que Natalie Portman deu início ao seu discurso de apoio ao movimento Time’s Up, na marcha das mulheres realizada em Los Angeles (EUA).
Esse cenário de “terrorismo sexual”, como denominou Natalie, fez com que ela mudasse seu comportamento. “Recusei papéis que incluíssem beijos”, ela afirma, ganhando uma reputação de “puritana, conservadora, extravagante e séria, na tentativa de fazer com que eu sentisse que meu corpo estava a salvo e que minha voz era ouvida”.
Após seu último discurso em Los Angeles, sua denúncia em primeira pessoa contribuiu para sacudir ainda mais uma indústria abalada pelos escândalos de assédio e discriminação contra as mulheres.
No último dia 15 de janeiro, Portman se posicionou contra o diretor Woody Allen, com um “Eu, sim, acredito em você, Dylan”. A atriz manifestou todo o seu apoio a Dylan Farrow, filha adotiva do diretor e que, recentemente, havia dado uma entrevista para lembrar que já tinha denunciado Allen por abuso quando ela era uma criança.
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Fonte: Cinemania