Mulheres argentinas se mobilizam e estão a um passo da aprovação do aborto
Após um longo debate, que durou mais de 23 horas, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou, na semana passada, a lei da interrupção legal da gravidez. A aprovação se deu por 129 votos a favor, 125 contra e 1 abstenção. Do lado de fora do Congresso Nacional, centenas de milhares de mulheres organizaram uma vigília, que, desafiando as temperaturas invernais de Buenos Aires, durou a noite toda, à espera dos resultados da votação. Manifestantes contrários ao aborto também marcaram presença na região.
A medida ainda deve ser aprovada no Senado, mas os festejos nas ruas diante desse fato histórico já se multiplicam em todo o país. Segundo pesquisas, cerca de 500.000 abortos clandestinos são realizados ao ano, sendo as mulheres de baixa renda as que mais sofrem com a situação. O aborto ilegal é, além disso, a primeira causa de morte materna.
O projeto de lei chegou à Câmara dos Deputados depois de mais de uma década de demandas do movimento feminista. Nos últimos anos, à luz do massivo movimento “Nem Uma a Menos”, o debate se instalou com força na sociedade.
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