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Mulher é obrigada a dividir guarda do filho com estuprador que a engravidou

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
Mulher é obrigada a dividir guarda do filho com estuprador que a engravidou-0

Em 2008, quando tinha apenas 12 anos, Tiffany foi vítima de um estupro. Para piorar, ela engravidou do estuprador e, meses mais tarde, teve o bebê. 


Hoje, quase 10 anos depois, ela foi obrigada a reviver fantasmas do passado. 


Um juiz do estado de Michigan, nos EUA, decidiu que o homem que a violentou teria direito à guarda compartilhada da criança, que hoje está com oito anos.


A ordem foi assinada no mês passado, mas depois da repercussão do caso junto à imprensa, acabou sendo suspensa temporariamente. Haverá uma audiência em outubro para decidir a questão. 


A situação obrigou Tiffany a entrar numa batalha legal para evitar que outras vítimas de estupro passem pelo mesmo. 


“Eu fui estuprada numa casa abandonada. Ele me manteve lá por dois dias, sob ameaça de morte. Eu não sabia realmente se voltaria para casa um dia. Agora não sei porque eles decidiram que seria legal dar a ele custódia do meu filho”.


Christopher Mirasolo foi julgado e considerado culpado pelo estupro de Tiffany em 2008. Ele cumpriu pena de seis meses em uma prisão local. Depois, foi detido novamente por violentar duas adolescentes de 13 e 15 anos dois anos depois. 


Ela conta que, depois desse caso, “coisas terríveis” e “flashbacks” voltaram a assombrá-la só de ouvir o nome do homem a violentou. “Eu criei meu filho por oito anos. Desisti do ensino médio, do baile de formatura, dos meus amigos, e ainda tive que trabalhar desde muito cedo para sustentar o bebê”, diz. 


O problema todo veio à tona depois que Tiffany tentou obter auxílio financeiro do governo para se sustentar. A advogada da vítima, Rebecca Kiessling, disse que esse caso mostra o descaso com o qual o governo dos EUA trata as vítimas de estupro que solicitam ajudam. 


“Muitas dessas mulheres sequer sabem o nome dos estupradores. E elas são obrigadas a dar o nome do pai no momento de pedir essa ajuda”. 


A procuradoria que cuida do caso disse que irá fazer uma revisão interna dos processos para lidar com casos como esse. 

 


Fonte: CBS News 

Imagem: Shutterstock