Jornalistas esportivas se unem em campanha contra machismo no ambiente de trabalho
Quando uma mulher resolve ser jornalista esportiva – um terreno dominado por homens há décadas – já sabe que vai ter que “escalar um Everest” para provar que é competente.
Mas esse não é o único problema que elas enfrentam.
O assédio sexual no ambiente de trabalho é assustador. Há poucos dias, por exemplo, a repórter Bruna Dealtry foi beijada à força por um torcedor durante uma transmissão ao vivo. A cena aconteceu no estádio do Vasco, no Rio de Janeiro.
Logo depois, em Porto Alegre, a repórter Kelly Costa foi xingada por um torcedor – que acabou retirado do estádio por seguranças.
Para elas, todo dia é um 7x1: além de tentar barrar o assédio, precisam lidar com a desconfiança que técnicos, atletas, torcedores e outros colegas lançam sobre elas.
Foi por sofrerem na pele essa situação que 50 profissionais lançaram a campanha Deixa Ela Trabalhar. Em vídeo, as jornalistas revelam as agressões sofridas durante coberturas esportivas e fazem um apelo para que possam trabalhar em paz.
“Mesmo falando sobre isso, o assunto não se esgota. Já fui alvo de ofensas da torcida, sofri ato de machismo envolvendo técnico de futebol. Esse movimento envolvendo mais de 50 jornalistas é para mostrar nossa indignação. A gente não quer conviver com isso”, disse Kelly após o episódio. Ela é uma das cabeças do manifesto.
A conta no Instagram da campanha já tem quase 10 mil seguidores.
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Fonte: M de Mulher
Imagem: Instagram/Reprodução