Há esperanças: homens começam a refletir sobre a masculinidade tóxica
Ainda falta muito para nos livramos dos males causados pela masculinidade tóxica, mas já estamos dando os primeiros passos para isso.
E um deles consiste em agrupar homens para identificar, cara a cara, os motivos que os levam a ser comportar de forma machista e nociva – tanto às mulheres quanto aos que estão ao seu redor.
No Rio de Janeiro, um professor de Geografia de apenas 24 anos tomou a iniciativa de reunir 30 homens num curso chamado “Entendendo as Masculinidades”. O objetivo: discutir o que é masculinidade e o que leva os homens a reproduzir comportamentos tão tóxicos à sociedade.
Para os alunos, foi uma experiência inovadora. Muitos puderam falar de seus problemas mais profundos, como traumas de infância, sem ser alvo de risadas. Também exercitaram a escuta – algo raro entre a maioria dos homens.
“Pela primeira vez pude compartilhar experiências difíceis da minha vida sem medo de sofrer com piadinhas ou deboche”, diz o participante Fred Soares, de 25 anos.
O professor explica que o comportamento machista está fortemente incrustado na cultura brasileira, mas que, pelo menos entre os jovens, há brechas que permitem repensar certos comportamentos – e é aqui que mora a esperança.
“Os homens precisam se sentir à vontade para lidar com sentimentos e emoções. Só assim podemos sair das nossas zonas de conforto e criar redes de apoio”, explica Caio.
A masculinidade tóxica, diz, forma indivíduos inseguros, depressivos e violentos.
Não perca o episódio final de PROJECT RUNWAY - nesta quinta, 21h30!
Fonte: O Globo