Controvérsia por causa de um anúncio contra o câncer de mama que ofendeu sobreviventes da doença
Os diretores da empresa de roupa e acessórios Icing, com base em Illinois, nos Estados Unidos, provavelmente nunca imaginariam o escândalo que causaria o anúncio “save the ta-tas” (vamos salvar a te-tas), que teve que ser tirado de circulação depois de despertar a fúria de diversas sobreviventes do câncer de mama. A imagem controversa mostra a jovem modelo de 20 anos, Lacey Claire Rogers, vestindo um top transparente com estrelas cobrindo seus mamilos. A empresa pretendia doar 30% dos lucros obtidos para organizações voltadas à luta contra o câncer de mama. A estética escolhida, no entanto, não parece ter sido a mais adequada.
As críticas não demoraram a aparecer nas redes sociais. As usuárias acusaram a marca de sexualizar uma doença dolorosa. “Isso é um insulto. Já vimos muitas mulheres entre nós envenenadas, submetidas a tratamentos de radioterapia, marcadas para sempre e sofrendo em longo prazo as consequências biológicas do câncer de mama”, publicou Jaime Clark no Facebook. “Isso é muito cruel para todos os pacientes com câncer de mama e sobreviventes. Como alguém pode sexualizar o câncer de mama com fins lucrativos? ASSUSTADOR”, desabafou @Esugey no Twitter.
A Icing se desculpou em sua página oficial: “Pedimos desculpas se as imagens de nossa empresa ofenderam alguém. Não foi nossa intenção. Nosso objetivo é apoiar a importante pesquisa que luta para erradicar essa doença terrível”. Mas o post não convenceu algumas afetadas. “É uma desculpa de m****. O fato de que essa foto tenha sido tirada mostra que eles não sabem nada sobre o câncer de mama e que não se importam com as sobreviventes nem com as que lutam contra a doença”, respondeu Ashleigh Jones, sobrevivente do câncer.
Muitas pessoas acusam as campanhas de apoio à luta contra o câncer de mama promovidas por empresas de brincar com os sentimentos dos seus clientes, ocultando fins puramente comerciais por trás de uma fachada de consciência social.
E você, acha que é válido fazer campanhas de conscientização com imagens hiperssexualizadas?