Conheça a brasileira de 25 anos que é dona de duas empresas milionárias

Mulheres Protagonistas

Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS

Com apenas 25 anos de idade, a empreendedora Camila Achutti já está acostumada com as cifras milionárias.

Ela é dona de duas startups com foco em inovação e tecnologia que, juntas, faturam mais de R$ 4 milhões por ano e empregam cerca de 30 pessoas.

Tudo começou, segundo ela, a partir de um sentimento de inadequação. Camila e seu sócio, Felipe Barreiros, se percebiam meio engessados diante do mercado corporativo de tecnologia brasileiro. Um belo dia decidiram unir as ideias e abrir uma empresa, a Ponte 21.

Em pouco tempo, foram ganhando confiança de grandes clientes e hoje contam com nomes como Renault, Leroy e Itaú no currículo.

A outra empresa, a Mastertech, nasceu no final de 2015 para levar cursos de tecnologia a pessoas que querem enveredar pela área, em diversos níveis. Também tem se mostrado um enorme sucesso.

Camila sabe que, infelizmente, seu papel de mulher empreendedora ainda é uma exceção na área de tecnologia. Segundo ela, o mercado todo é estruturado para os homens, e o que sobra é muito pouco.

“Nós vemos um monte de mulher empreendendo por necessidade e não por oportunidade. Elas não empreendem em negócios digitais de alto impacto. Se não me engano, 54% dos empreendedores são mulheres, mas é tudo negócio offline, com pouca margem de lucro, pouco escalável, é a lojinha, o bazar. A gente tira dessas mulheres a possibilidade de se envolverem com tecnologia, a gente não mostra para essas meninas outra possibilidade”, disse em entrevista à revista Exame.

Para ela, é preciso que as mulheres percam o medo de empreender em tecnologia.

É preciso estimular a formação de novos talentos e persistir, persistir e persistir. “O fato de eu não ter mulheres que programam, que criam, faz com que mulheres não consigam empreender nessa área. Por isso, perca o medo: entre no Google, cace um monte de link, faça errado, faça certo, converse, faça um curso aqui, outro lá... É treino, você se acostuma e aí começa a se colocar no lugar que deveria. Acho que a grane dificuldade é essa: não se reconhecer no entorno.”