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Branca de Neve gorda, Cinderela prostituta: a reviravolta das princesas da Disney

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
Branca de Neve gorda, Cinderela prostituta: a reviravolta das princesas da Disney-0

A espanhola Raquel Córcoles tem 31 anos e, como a maioria de nós, cresceu ouvindo contos de princesas e príncipes encantados com uma mensagem muito clara: as mulheres, sempre submissas e pacientes, têm que ficar à espera de um homem salvador. 

Felizmente, nos últimos anos esses discursos começaram a cair por terra e surgiram outras histórias nas quais podemos tomar as rédeas de nossas próprias vidas.

Raquel é autora da popular tira de quadrinhos Moderna de Pueblo, que tem centenas de milhares de seguidores nas redes sociais. Recentemente, foi publicado seu último livro, “Idiotizadas”, que resgata, com um humor feminista, as princesas clássicas da Disney. 

Mas nada de sorrisos bobos e animais cantando: no quadrinho, as protagonistas Zorricienta (uma contração das palavras “Zorra”, que, em espanhol, significa puta, e “Cenicienta”, nome em espanhol para Cinderela) e Gordinieves (“Gorda” + “Blancanieves”, Branca de Neve em espanhol) empreendem um longo caminho de desaprendizagem dos mandatos românticos com os quais foram e fomos educadas. Uma jornada repleta de risos e humor ácido. 

 

Desconstruir as histórias que nos marcaram quando éramos crianças também significa enfrentar o machismo, tanto o da cultura patriarcal quanto o que lentamente fomos internalizando. 

Quando perguntam a Raquel sobre sua princesa preferida, ela não hesita em responder: “Minha favorita era Bela, que nos vendiam como a culta e estranha que lia livros. Foi o conto que mais me deu raiva durante meu crescimento. Trata-se de um abuso e representa a síndrome de Estocolmo na sua essência. Ela sempre linda e doce, enquanto ele pode ser uma Fera, porque nós, sim, vemos a beleza do seu interior. Eles, por outro lado, não”.

Apesar do seu tom atual e irônico, o livro aborda temas complexos e controversos como os distúrbios alimentares ou o abuso psicológico. “O que me interessa é que educar no feminismo também possa ser divertido”, diz a autora. Feliz com o novo lançamento, a jovem acredita que a ficção feminista é necessária para abrir espaço para outras histórias, para uma nova mentalidade capaz de acabar com o velho paradigma machista.


Entre no ritmo de DANCE MOMS. Toda sexta, 22h.


Fonte: El Diario 
Imagens: Instagram