A verdade sobre as pílulas anticoncepcionais
Na década de 1960, deu-se início à comercialização da pílula anticoncepcional oral combinada, um comprimido que prometia acabar com o terror da gravidez indesejada. Seu consumo foi responsável por uma verdadeira revolução sexual, que, entre outras coisas, conseguiu colocar (finalmente!) o prazer feminino no centro dos holofotes.
Hoje, mais de 50 anos depois do seu surgimento, acredita-se que 100 milhões de mulheres do mundo inteiro a utilizam. Porém, novos estudos sugerem que sua prescrição poderá ter efeitos devastadores para a saúde.
Uma pesquisa da Universidade de Copenhague, da qual participaram 1 milhão de mulheres, concluiu que quem ingere a pílula tem 23% a mais de chances de desenvolver transtornos depressivos. Além disso, seu uso está relacionado a um aumento significativo das probabilidades de se contrair câncer de mama.
Outros riscos associados ao consumo de anticoncepcionais orais incluem desde mudanças de humor repentinas e uma diminuição acentuada da libido até trombose, problemas hepáticos, enxaquecas crônicas, aumento da pressão arterial e infertilidade.
Não é pouca coisa, não é mesmo? Especialmente se levamos em consideração que os homens que experimentaram o novo anticoncepcional masculino (de eficácia comprovada) desistiram de seu consumo por causa de efeitos colaterais tão comuns para nós como alterações de humor ou náuseas.
No entanto, mesmo conhecendo todos os inconvenientes, muitas vezes escolhemos seguir utilizando as pílulas, seguras das vantagens de decidir quando nos reproduzir. É que não deixa de ser uma sorte (para nós e para nossos filhos) poder esperar o momento adequado para nos dedicar à maternidade. Pode ser que nos próximos anos a indústria farmacêutica decida juntar esforços para fazer com que essa decisão não tenha um impacto tão grande na nossa saúde.
E você, já percebeu efeitos secundários ao tomar a pílula?