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Uma mulher tenta acabar com o estigma das adolescentes grávidas

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
Uma mulher tenta acabar com o estigma das adolescentes grávidas-0

Se analisarmos as estatísticas, as perspectivas de carreira para as mães adolescentes não são boas.

 

Apenas 40% das mães adolescentes terminam a escola secundária e menos de 2% concluem a faculdade antes dos 30 anos. Além disso, são consideradas uma carga tributária, tendo custado, em 2010, 9,4 milhões de dólares aos contribuintes norte-americanos com gastos de saúde.

 

Números como esses indicam que o estigma em torno das mães adolescentes continua atual. Mas Natasha Vianna está convencida de que há outra forma melhor para lidar com o assunto.

 

Natasha, uma latina de 28 anos com uma filha de 10, criou um movimento chamado #NoTeenShame (algo como “não à vergonha adolescente”) com outras seis mulheres para abordar o tema da mensagem negativa em torno das mães adolescentes.

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Natasha ficou grávida aos 17 anos. Quando seus pais ficaram sabendo, expulsaram-na de casa. Ela abandonou a escola na metade do último ano pra ter seu bebê e tirar as seis semanas de licença-maternidade. Sua conselheira de orientação universitária se negou a ajudá-la na aplicação para faculdades porque “seria um milagre se ela conseguisse se formar na escola secundária”.

 

“Na verdade, ela só estava diminuindo minhas esperanças”, afirmou Natasha. “Uma parte de mim dizia: ‘sei que isso não está legal’, mas outra parte pensava: ‘mas tantos adultos me dizem isso – e se eles estiverem certos?’”.

 

Natasha e as outras integrantes de #NoTeenShame querem mudar a maneira de comunicar a prevenção da gravidez em adolescentes e desenvolvê-la de forma positiva com a juventude em geral. Ela ensina às adolescentes o que significa ter autonomia sobre seu corpo e o que é estar em um relacionamento saudável e consensual. Por exemplo, ela lhes dá ferramentas para que tomem decisões positivas na vida sem despertar o fantasma da humilhação de ser mãe adolescente.

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E ela já viu esse método funcionar. A organização recebeu um financiamento de 5,5 milhões de dólares dos Centros para o Controle de Doenças para reduzir a taxa de gravidez em adolescentes em duas cidades – Springfield e Holyoke –, e os níveis diminuíram 10% em 3 anos.

 

“Somos uma sociedade que pensa na gravidez adolescente e, automaticamente, a traduz como algo ‘ruim’”, afirmou Vianna. “Gostaria muito que eliminássemos esse termo e trabalhássemos em um desenvolvimento positivo da juventude”.

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Porque nem todas as histórias de mães adolescentes têm um final triste.

 

“Adoro ser mãe”, ela disse. “É uma das coisas das quais tenho mais orgulho, e pensar que há 10 anos me envergonhava de contar para alguém e agora é a primeira coisa da qual quero falar é uma mudança para mim”.