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A revolução de bicicleta

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
A revolução de bicicleta-0

Recentemente, o aiatolá Ali Khamenei, líder máximo religioso da República Islâmica do Irã, proibiu, através de um decreto, que as mulheres do país andassem de bicicleta. Longe de acatar a ordem, centenas delas decidiram publicar nas redes sociais fotografias e vídeos em que aparecem pedalando sem medo, sob a hashtag #IranianWomenLoveCycling (as mulheres iranianas amam o ciclismo).

 

 

As leis do Irã tentam colocar limitações extremas às mulheres. Desde a obrigação de só aparecerem em público com roupas largas até o uso regulamentado do hijab (ou véu islâmico). Mas se tem uma coisa que as iranianas entendem é de rebelião! Cansadas das regras sexistas de seu governo ultraconservador, com alegria e doses altas de ironia, elas desafiaram a proibição mostrando que não estavam dispostas a perder a felicidade e a autonomia que o ciclismo traz para as suas vidas.

 

O líder iraniano Ali Khamenei justificou a medida dizendo que “andar de bicicleta atrai a atenção dos homens e expõe a sociedade à corrupção, violando a castidade da mulher”. Horas depois da publicação da lei, uma mãe e sua filha divulgaram um vídeo na qual aparecem em uma bicicleta, desencadeando uma verdadeira revolução nas redes sociais. Muitas mulheres reproduziram as imagens, e várias outras se encorajaram a compartilhar fotografias próprias: os likes e reposts inundaram as redes.

 

 

Nos últimos anos, a possibilidade de se manifestar por meio da internet colocou em xeque vários regimes totalitários do Oriente Médio. Essas mulheres são especialistas em utilizar a exposição da internet a favor de causas nobres. De seus blogs e contas pessoais, elas abalaram seus limites e de seus compatriotas, defendendo a alegria e organizando protestos.

 

 

E você, como utiliza as redes sociais para lutar por um mundo mais justo?

 


IMAGENS: Garmsar Kavir - Instagram / Shutterstock.com