Mulher ainda é mal representada na publicidade, diz estudo
Apesar de toda discussão – e pressão – que vem se estendendo a respeito da falta de representatividade na publicidade brasileira, a coisa não avançou muito – especialmente em relação à presença da figura feminina.
Um estudo chamado "Mulheres Invisíveis", realizado por uma consultoria especializada em comunicação com mulheres, revelou que a figura feminina na publicidade é representada, em sua imensa maioria, por brancas, magras, de cabelo liso e hipersexualizadas - um tipo com o qual 65% das brasileiras não se identificam.
Negras, gordas, de cabelo crespo, lésbicas e transexuais têm muito pouca – às vezes nenhuma – representatividade.
O estudo levou em conta o protagonismo da mulher em comerciais das 10 maiores marcas presentes no Facebook. O resultado foi o seguinte:
•Mulheres aparecem em 5%
•Homens em 10%
•Produtos: 85%
Desse total de mulheres, apenas 26% foge do padrão branca-magra-lisa. No caso das gordas, o número cai para 22%. Apenas um anúncio retratava lésbicas e nenhum apresentava transexuais.
“Além de ser um problema de negócios, por gerar baixa renda por conta da falta de identificação, inviabilizar as mulheres negras, gordas, lésbicas e transexuais, é uma forma de violência, pois as exclui deste retrato social construído pela mídia de massa”, diz o estudo.
Fonte: Mulheres Invisíveis
Imagem: Shutterstock