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Muito além do vestido bonito: mulheres que brilharam no Oscar 2016

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
Muito além do vestido bonito: mulheres que brilharam no Oscar 2016-0

Muito além dos vestidos lindos e caros do tapete vermelho, as mulheres brilharam nas produções na telona e tiveram seu talento premiado e aplaudido para o mundo todo na cerimônia do Oscar 2016 em Los Angeles.

Na categoria mais prestigiada, a estatueta de Melhor Atriz foi para a jovem revelação (e até então pouco conhecida) Brie Larsson, de 26 anos, pelo filme "O Quarto de Jack".  A garota desbancou veteranas concorrentes como Blanchett ("Carol"), Jennifer Lawrence ("Joy: O Nome do Sucesso", Saoirse Ronan ("Brooklyn") e Charlotte Rampling ("45 anos").

Larsson disse que sequer lavava o rosto para dar vida a sua personagem, uma mulher que foi mantida presa em uma casa por um homem, com quem tem um filho, Jack. O menino cresceu num quarto por cinco anos e, neste tempo, ela tentou ser a melhor mãe do mundo. De emocionar!! A obra também foi indicada ao prêmio de Melhor Filme, mas foi desbancada pelo sensacional "Spotlight".

Falando nisso, a noite foi dominada por "Mad Max: Estrada da Fúria", que abocanhou seis estatuetas - Mixagem de Som, Maquiagem, Figurino, Edição, Direção de Arte e Edição de Som. Uma de suas grandes estrelas é a atriz Charlize Theron, que interpreta a Imperatriz Furiosa, na tentativa de salvar um grupo de garotas. 


A Garota Dinamarquesa
O prêmio de atriz coadjuvante foi para Alicia Vikander, do filme "A Garota Dinamarquesa". Ela derrotou Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados), Rooney Mara (Carol), Rachel McAdams (Spotlight) e Kate Winslet (Steve Jobs). Vikander interpretou a esposa de Lili Elbe, a primeira transexual a passar por uma cirurgia de redesignação genital.

 

Amy 
Entre as obras premiadas em que a mulher é o tema central, um dos destaques é "Amy", documentário do diretor Asif Kapadia (o mesmo do filme sobre Ayrton Senna), que conquistou a estatueta de Melhor Documentário. No agradecimento, o diretor disse: “Amy (Winehouse) não era uma pessoa de tabloide. Era alguém que precisava ser cuidada. Queríamos mostrar quem ela era de verdade”.

Um outro filme indicado na categoria que vale a pena assistir é o elogiado "What Happened, Miss Simone?" sobre a ativista e cantora Nina Simone.

 

Mulheres agredidas
Na categoria Melhor Documentário de Curta-Metragem, o vencedor foi "A girl in the river: the price of forgiveness", da diretora paquistanesa Sharmeen Obaid-Chinoy. O filme trata da história de uma tentativa de assassinato de uma garota de 18 anos por "motivos de honra" por pessoas da seu vilarejo. A protagonista sobrevive e mantém uma forte resistência em não perdoar os seus agressores, contudo há uma pressão pública para que ela os perdoe. Se ela fizer isso, os criminosos poderão ser soltos e retornar para casa. 

Foi a segunda estatueta de Sharmeen Obaid-Chinoy, de 37 anos. Em 2012, ela conquistou o Oscar na mesma categoria por "Saving Face". Em seu discurso de agradecimento, ela disse que nos próximos dias será votada no Paquistão medidas que irão endurecer a lei contra agressores de mulheres. 

Tomara!!!! Sabemos que no Paquistão (e não só lá) muita coisa ainda precisa ser feita, e o cinema é um grande instrumento para dar voz às mudanças!

 

Fontes: UOL, El País, Mulher no Cinema

Foto: sharmeenobaidfilms.com