Mais tempo junto
A qualidade do tempo que você passa com seu filho é mais importante do que a quantidade de horas. Momentos inesquecíveis não são contados em minutos.
Quanto tempo é necessário para você suprir a saudade de um filho? O quanto mãe-em-tempo-integral você realmente precisa ser? Como minimizar a culpa de estar ausente por grande parte do dia? Você precisa mesmo estar mais tempo disponível?
Essas questões existem em todas as famílias. Alias, na cabeça de toda mãe. E só uma coisa nos faz respirar um tiquinho aliviada: é saber que o que vale mesmo é a qualidade desse tempo investido nas crianças. Isso quer dizer que você pode varrer a sua culpa para debaixo do tapete e continuar a cumprir seu horário das 9h às 18h no trabalho. Pode também sair com o marido à noite, pois isso não vai fazer de você menos mãe.
Passar meia hora totalmente dedicada à criança vale mais do que passar três horas dividindo a atenção com ela e mais um monte de coisas, já dizem os especialistas. E totalmente dedicada significa olhando no olho, sem celular, brincando junto, sentada chão ou correndo no campinho.
Ah, deixar que a criança brinque sozinha também é legal para estimular o desenvolvimento dela. Estimula a imaginação, faz ela resolver os próprios conflitos sozinha e a ser dona das regras. E brincar na escola, ficar na vovó, com uma cuidadora ou em atividades próprias para as crianças também é extremamente positivo.
O que não dá pra fazer é amarrar uma culpa do tamanho de um bonde por causa da sua agenda. O que eu acho, inclusive, é que eles sentem muito menos falta da gente do que nós deles. Durma com essa, mãe!
Esses dias mesmo cheguei para buscar o filho na escola e escutei: “ah, você chegou rápido. Eu estava brincando com meus amigos!” Me senti desprezada, excluída, rejeitada (drama mode on).
O tempo que a gente passa juntinho, de grudinho, é o que vale. Há uns dias nós fomos para Brotas, aqui em São Paulo, num hotel superdelícia e aproveitamos para fazer uns passeios diferentes com os meninos (criança all inclusive na programação). Fomos a um centro de esportes, fizemos trilhas, rafting (tem até baby rafting) e, pela primeira vez, fizemos uma tirolesa em família. Eu fui com Rafinha e o marido com Gabriel. O troço era alto e dava medo. Confesso que só não amarelei pra não fazer feio na frente dos meninos.
A aventura foi rápida. Acho que não durou mais do que meia hora. Mas se tornou inesquecível. Mal temos fotos ou vídeos. Mas, vira e mexe, o pequeno dispara: “Rafa voou com mamãe. Junto. Vento. Casa do Piu Piu. Foi bom.”
Você acha essa aventura de 15 minutos ficou na memória dessa coisinha macia de 2 anos?
Eu tenho certeza!
#tempojunto
Nanna Pretto é jornalista, baiana, casada com paulista e mãe de dois meninos.
É autora do blog Dica de Mãe, que deu origem ao livro “101 coisas que você precisa fazer com seus filhos antes que eles cresçam”. É corredora há mais de 15 anos e tenta fazer da ioga e do ballet um hábito. Ama seriados, reality shows e reprises de filmes.
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