EUA se posicionam contra amamentação e ameaçam quem discordar
Durante a Assembleia Mundial da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em maio, os Estados Unidos surpreenderam o mundo ao se posicionarem contra a resolução de incentivo à amamentação.
A atitude americana descarta quatro décadas de estudos científicos e privilegia os interesses dos fabricantes de fórmulas infantis.
Não satisfeitos, os diplomatas americanos ainda ameaçaram aplicar sanções aos países que discordassem da medida.
O texto apresentado na Assembleia conclui que o leite materno é o alimento ideal para crianças menores. A recomendação era de que os países diminuíssem o marketing de produtos similares ou substitutivos da amamentação.
Os EUA tentaram barrar a recomendação, mas os demais membros foram contra. Dessa forma, os americanos partiram para as intimidações. O Equador, que elaborou a proposta, foi ameaçado de sanções comerciais e suspensão de ajuda militar – o mesmo aconteceu com países da África e da América Latina.
Curiosamente, a Rússia acabou convencendo os EUA a remover as ameaças.
As empresas americanas e europeias estão entre as maiores do ramo da alimentação para bebês. A previsão de crescimento para 2018 é de 4%, justamente tendo os países mais pobres como alvo.
O confronto é um exemplo de como o governo de Donald Trump prioriza os interesses corporativos diante de questões ambientais e de saúde pública – o que acontece com frequência também no Brasil.
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Fonte: O Globo