Emoção a flor da pele
Por favor, me falem eu não sou a única mãe que fica melosa e emotiva nessa época do ano. Basta a primeira propaganda de Dia das Mães aparecer na tevê para eu me pegar chorando com a trilha sonora, ao olhar pros meninos, ao ler uma coisinha mais sentimental. Agora mesmo, estou com um nó na garganta.
E não é pela data em si. Dia de mãe e pai são todos os dias, como dizem por aí. Mas é porque, há oito anos, esse segundo domingo de maio passou a fazer outro sentido na minha vida. E, desde então, eu agradeço, agradeço e agradeço.
Queria mais filhos, mas tenho duas crianças que valem por dez. Me sinto realizada, amada e querida pelos meninos. Sei que sou uma boa mãe, apesar de me punir algumas vezes por atitudes não pensadas (quem nunca?).
Às vezes olho para os dois e vejo tanto de mim. No jeito, na marra, na alegria, na forma de falar... Como a gente pode criar um serumaninho do zero e vê-lo crescer, desenvolver os próprios pensamentos e formar a sua personalidade. “Não sei a quem você puxou!”, eu falaria. Ao mesmo tempo, ele dorme de lado com uma perna dobrada (que nem a mãe), gosta de doce com salgado e de falar sem parar. Que nem a mãe. Puxou a mim, claro! Na boa, ser mãe é foda.
Talvez isso explique esse sentimentalismo todo. Dizer que é fácil, não é. Que existe momentos bons e ruins, é verdade. Que a responsabilidade às vezes parece muito maior do que a capacidade, sem dúvida. Mas, quando chega essa época do ano e a gente dá espaço às lembranças e sentimentos, dá para perceber o quanto ser mãe é especial.
Nanna Pretto é jornalista, baiana, casada com paulista e mãe de dois meninos.
É autora do blog Dica de Mãe, que deu origem ao livro “101 coisas que você precisa fazer com seus filhos antes que eles cresçam”. É corredora há mais de 15 anos e tenta fazer da ioga e do ballet um hábito. Ama seriados, reality shows e reprises de filmes.
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