Elsa Ávila, montanhismo e coragem
Se tem algo que caracteriza a carreira (e a vida) da mexicana Elsa Ávila é a paixão. Desde que deu seus primeiros passos no montanhismo, aos 15 anos, não deixou que nenhum obstáculo se colocasse no seu caminho. Para essa mulher incrível, a vida é uma montanha, e ela está disposta a fazer o que é preciso para chegar ao topo.
Em 1989, esteve a apenas 98 metros do cume do Everest, mas um princípio de edema cerebral a obrigou a descer antes de alcançá-lo. Em uma conferência TED, “A montanha da sua vida”, Elsa explica: “Nesse momento, aprendi que queria ser uma história viva e não uma estatística morta. As estatísticas são muito simples”. Dez anos depois, em 1999, ela finalmente atingiu sua meta, tornando-se a primeira mulher latino-americana a escalar o pico mais alto do mundo.
Além disso, Elsa foi a primeira mulher no mundo a escalar a Aguja Poincenot, na Patagônia, uma subida que se caracteriza por sua adversidade climática e sua dificuldade técnica, e participou de oito expedições ao Himalaia, superando seis vezes os 8 mil metros de altura.
O segredo de seu sucesso é uma grande capacidade de confiar nos seus sonhos e persistir neles até alcançá-los. “Perseguir ideias em que poucas pessoas confiam ou que muitas não acreditam me inspira. Porque se já passou pela minha cabeça, estou certa de que é possível”, explica Elsa.
Com a mesma filosofia de vida através da qual alcançou suas vitórias esportivas, Elsa enfrentou suas deficiências coronárias, a fibrilação atrial e os quatro derrames cerebrais que sofreu nos últimos anos. Atualmente, ela se dedica a fazer palestras motivacionais por todo o mundo. Seu sonho, ela afirma, é que todos os alpinistas da vida se atrevam a ser uma história viva e não uma estatística morta – e consigam viver cada dia com a paixão lá em cima.
Quais são os obstáculos que você atravessou na montanha da vida?