Ela nadou para fugir da Síria e conquistou o público na Olimpíada do Rio

Na classificação do Rio 2016, a atleta Yusra Mardini aparece em 41º lugar nos 100m borboleta. Mas ela é, sem dúvida, a maior campeã deste ano. Aos 18 anos de idade, Yusra nadou por três horas e meia nas águas geladas do Mediterrâneo puxando um barco com 20 refugiados.

Yusra e sua irmã estavam nesse barco, fazendo a travessia entre Turquia e Grécia, quando o motor da embarcação falhou. As duas irmãs não tiveram dúvidas. Pularam do barco e nadaram, salvando as outras 20 pessoas, que não sabiam nadar. Eles deixavam para traz uma guerra civil que dura cinco anos na Síria e já matou mais de 400 mil pessoas.

A jovem, natural da cidade de Damasco, treina desde os três anos de idade com seu pai, técnico em natação. Nos últimos nove meses, ela e a irmã vivem em Berlim. No Rio 2016, Yusra integra a delegação de atletas refugiados ao lado de outros campeões da Síria, Sudão do Sul, Etiópia e República Democrática do Congo.

“A bandeira Olímpica une todos nós, que agora representamos 60 milhões de pessoas pelo mundo", disse Yusra.

“Meu objetivo principal são os Jogos Tóquio 2020. Quero treinar bastante para chegar com mais chances”, disse a jovem campeã, que volta à piscina na próxima quarta-feira para a disputa dos 100 metros livre, última prova para qual obteve vaga no Rio 2016.

“Agradeço muito o apoio da torcida, valeu muito a pena estar aqui. Quarta-feira espero que seja melhor”, declarou.

Assista aos vídeos feitos pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR):





Fonte: Rio2016 e HuffPost Brasil
Imagem: Agência da ONU para Refugiados