7 passos rápidos (e fáceis) de fazer um detox eficiente
Por Vera Golik *
Toda hora é hora de limpar o corpo e se alimentar bem. Principalmente após aquela festa, com comida e bebida além da conta – e depois dos finais de semana – quando, muitas vezes, perdemos o controle e deixamos de fazer as refeições nos horários certos, passamos da medida no tamanho do prato e nas escolhas dos alimentos sem muito critério, deixando faltar nutrientes essenciais para nossa saúde. Resultado: cansaço, indisposição, prisão de ventre, dores de cabeça, náuseas, enjoo, entre outros sintomas: a popular ressaca.
Passado esses momentos de ‘pé na jaca’ é importante retomar uma rotina saudável.
O termo Detox ficou na moda e, sem esperar milagres, ele tem fundamento científico. Segundo o nutricionista Breno Lozi, a chamada detoxificação metabólica representa “o conjunto de reações bioquímicas intracelulares que ajudam na eliminação de toxinas das células e, consequentemente, do organismo como um todo”. A tão necessária eliminação das toxinas se devem ao trabalho, principalmente, do fígado e do intestino.
“No fígado estão localizadas cerca de 60% das enzimas de detoxificação e no intestino encontram-se aproximadamente 20% delas”, explica o especialista. O fígado realmente sofre com excesso de proteínas, gorduras e álcool. “Esses excessos podem levar a chamada ‘gordura no fígado’, ou esteatose hepática”, diz a nutricionista Naiara Caramuru*. Mas muitos órgãos – incluindo pulmões, rins, pele, células imunológicas e glândulas adrenais, entre outros – também são afetados. “É importante tomar alguns cuidados para o organismo se refazer dos excessos e se reequilibrar”, diz a nutricionista Leila Fernandez*. Existem formas naturais e até simples de desintoxicar o organismo.
Os especialistas ensinam alguns passos básicos para o Detox, que depois podem ser incorporados em nosso dia a dia:
1. Mergulhe na hidratação
Primeiro de tudo: tomar muito líquido. Beba muita água e coloque mais líquidos naturais no cardápio. “Água mineral, água de coco e frutas in natura, como abacaxi, acerola, goiaba, laranja, limão, maçã, mamão, melancia, melão, pera e tangerina, são indicados assim como sucos naturais de frutas”, explica o nutricionista Breno Lozi. A água de coco repõem minerais perdidos durante a transpiração e a água com sabor (veja receita abaixo) e os chás, além de hidratar, pode auxiliar no processo de digestão. Chás, ingeridos frios ou quentes, além de saborosos, são digestivos, calmantes e acompanham bem um lanche no intervalo das refeições. Você pode fazer chás misturando duas ervas e ir tomando ao longo do dia. “Um copo grande (600ml) de chá feito com a raiz de dente de leão ou chá de boldo do Chile, tomado em jejum, ajudam o sistema digestivo”, ensina a nutricionista Naiara Caramuru. “Consumir frutas bem suculentas é uma ótima opção, pois além de hidratar contém vitaminas, minerais e fibras. Os sucos naturais feitos com essas frutas também são indicados, lembrando, porém, que eles não contém tanta fibra como as frutas. Dê preferência às frutas cítricas”, diz a nutricionista Leila Fernandez. “Água com limão – especialmente o siciliano – e água com alto teor de PH alcalino, PH10, têm ação desintoxicante”, explica Naiara Caramuru.
Quanto líquido tomar por dia? O ideal são de 2 a 3 litros, desde acordar até a hora de dormir. Lembrando que não é recomendado beber durante as refeições. A dica do nutricionista Bruno Lozi para você saber qual a quantidade ideal de líquido que deve beber por dia é multiplicar o seu peso corporal por 35. Por exemplo, se você pesa 60 quilos, deve tomar 2 litros e 100 ml de líquidos por dia (60 X 35 = 2.100).
2. Reponha vitaminas, proteínas e fibras
As proteínas devem ser parte das principais refeições. Boas fontes proteicas: leites e derivados desnatados, carnes assadas, grelhadas e/ou cozidas e/ou ovos, semente, como chia, linhaça e/ou quinoa, além de muitas frutas, vegetais folhosos verdes escuros e legumes crus e/ou cozidos. “Os vegetais verdes escuros realmente ajudam muito, por isso os sucos verdes ficaram tão famosos. Uma dica é consumi-los no lanche da manhã”, diz a nutricionista Naiara Caramuru. Esses alimentos unidos irão conter boa quantidade de vitaminas, como as do complexo B, minerais, como cálcio, ferro e magnésio, e fibras que auxiliarão no processo de desintoxicação do organismo e no funcionamento intestinal.
3. Para melhorar a imunidade e o bem estar
O nutricionista Bruno Lozi ensina a acrescentar no cardápio diário, alimentos como: oleaginosas, castanhas, iogurtes, alho, cebola, frutas cítricas e vegetais, que melhoram o bem-estar e a imunidade. “Brócolis, couve, repolho e couve de Bruxelas são fontes de ‘sulfidrila’, composto importante na desintoxicação”, lembra a nutricionista Naiara Caramuru.
4. Use gordura do bem
Prepare os alimentos com gordura de boa qualidade, como óleos vegetais tanto para elaborar os pratos como para temperar. Boa fontes: azeite de oliva extra virgem e óleo de coco, por exemplo.
5. Diminua o sal
Atenção ao consumo de sódio. Evite alimentos processados, enlatados, em conserva. “Embutidos e enlatados, como presunto, salsicha, mussarela, apresuntado, calabresa, milho, ervilha, salsicha em lata. Eles contêm muito sódio e não colaboram em nada com a desintoxicação do organismo”, lembra Bruno. “Use pequena quantidade de sal, preferencialmente marinho, para preparar as refeições. Se comer fora de casa, não adicione mais sal aos pratos já prontos e evite os temperos e molhos industrializados”, ensina a nutricionista Leila Fernandez.
6. Evite os refrigerantes
“Os refrigerantes, água gaseificada e os sucos industrializados, embora sejam líquidos, devem ser evitados”, reforça a nutricionista. Mesmo os chamados ‘diets’ contém sódio, corantes, conservantes e outros aditivos artificiais nada saudáveis.
7. Não pule as refeições
Mesmo que você exagere e coma demais em uma das refeições procure comer ou beber algo leve no horário da próxima. “Pular refeições ou ficar longos períodos sem comer não é a maneira adequada de compensar”, alerta Leila.
Equilíbrio é a chave de uma alimentação saudável
Parece óbvio, mas não custa repetir: uma alimentação adequada é aquela que oferece em uma mesma refeição porções dos nutrientes dos diferentes grupos: carboidratos; verduras e legumes; frutas; proteínas (carnes, ovos ou grãos); laticínios (leites ou derivados); e lipídios (óleos e gorduras) e açúcares.
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