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Para serem levadas a sério, elas tiveram que inventar um sócio homem

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
Para serem levadas a sério, elas tiveram que inventar um sócio homem-0

Keith Mann é co-fundador, junto com Penelope Gazin e Kate Dwyer, de uma startup que vende bugigangas artísticas pela internet. 


Com olho para os negócios, ele tem impressionado por sua habilidade de se dar bem diante de uma empreitada extremamente arriscada.


Keith sabe se comunicar com fornecedores e ter seus pedidos atendidos rapidamente.  


Sob seu comando, o negócio já conseguiu vender mais de 200 mil dólares em apenas um ano. 


Todo o mercado bate palmas para o sucesso de Keith. 


Só que Keith não existe. 


Penelope e Kate tiveram que criar um parceiro fake para serem ouvidas no misógino e sexista universo da tecnologia. Ninguém levava fé no projeto das duas, até que surgiu Keith. 


E veja bem: Keith era apenas um endereço de e-mail. Não foi preciso contratar um ator nem nada do gênero. Só a ideia de um nome masculino fez toda diferença no negócio. Para o mercado de tecnologia, ele seria o cérebro e a força criativa por trás de toda a operação. 


A experiência rendeu uma prova irrefutável: elas não eram levadas a sério na indústria da tecnologia só por serem mulheres. 


“As pessoas agiam de forma condescendente, desrespeitosa, levavam dias para responder uma mensagem. Não era assim com Keith. Com ele, as mensagens vinham rápido, e ainda perguntavam se precisaram de algo mais”, dizem.  “A percepção das pessoas a respeito do nosso negócio mudava quando sabiam que havia um homem na equipe”. 


O projeto das duas, o Witchsy, segue firme e forte na internet. A ideia é criar uma plataforma de venda de  trabalho de artistas “estranhos” de todo o mundo. 

 


Fonte: The Guardian 

Imagem: Instagram/Reprodução