A história de Marsha P. Johnson, a mulher trans que inspirou o dia do orgulho LGBT
Em 28 de junho, o mundo se veste com bandeiras arco-íris para festejar o “Dia Internacional do Orgulho LGBT”. A data foi estabelecida em comemoração às revoltas de Stonewall, uma série de manifestações espontâneas e violentas que ocorreram na cidade de Nova York em 1969, após a polícia tentar prender vários membros LGBT no bar Stonewall Inn, acusando-os de imoralidade. Os incidentes deram início ao movimento pelos direitos das minorias sexuais.
Marsha P. Johnson foi uma das ativistas mais radicais dessas lutas. Por sua condição de mulher trans, negra e trabalhadora sexual, Marsha conhecia de perto a injustiça e soube ser a voz de um movimento que terminaria por revolucionar a rígida moral sexual da época.
Na década de 70, Marsha e sua amiga Sylvia Rivera, outra mulher transexual, fundaram a associação STAR (cujas siglas podem ser traduzidas como Travestis de Rua Ativistas Revolucionárias), uma organização dedicada a dar apoio e ser um marco político à luta das mulheres trans e outros grupos LGBT. Durante os anos 80, Marsha também participou ativamente de diferentes organizações de luta contra a AIDS.
Em 6 de julho de 1992, o corpo sem vida de Marsha P. Johson foi encontrado flutuando no rio Hudson, em Nova York. Ainda que seus amigos e conhecidos aleguem que se tratou de um assassinato, somente em 2012 a polícia local decidiu reabrir a investigação de sua morte, que havia sido catalogada originalmente como suicídio.
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Imagem: Netflix/Divulgação