Futebol feminino na América Latina: mulheres pisam forte em territórios masculinos
De acordo com cálculos da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), cerca de 30 milhões de mulheres do mundo todo praticam futebol regularmente, e esse número cresce rapidamente ano após ano.
Na América Latina, diferentemente de outras regiões, como os Estados Unidos, Canadá, Europa ou Japão, o futebol foi considerado historicamente uma atividade de “machos”. Apesar de, em geral, gozar de grande popularidade entre toda a população, até não muito tempo atrás somente os homens eram socialmente habilitados a praticar esse esporte em equipe.
Felizmente, como tantas outras regras arcaicas e sem sentido, essa também está começando a mudar, e cada vez mais mulheres na América Latina se atrevem a calçar chuteiras. E não é só isso. Para a surpresa de muitos sexistas, as garotas estão demonstrando um talento arrasador com a bola!
Em 2015, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) criou um setor próprio para o futebol feminino e, em 2016, anunciou que os clubes que não possuem equipes femininas não poderão participar de competições internacionais. Brasil, Argentina, México, Uruguai, Colômbia, Chile, Venezuela, Peru e Bolívia já possuem suas próprias ligas de mulheres que participam de campeonatos profissionais, tanto dentro de seus territórios como em nível internacional.
Porém, apesar do gigantesco avanço que as mulheres já deram no futebol, o panorama ainda está muito distante da igualdade. Enquanto em quase todo o território latino-americano os jogadores de futebol masculino profissional cobram um salário por seu trabalho, as jogadoras entram em campo frequentemente voluntariamente ou por valores simbólicos, o que as obriga a ter outros empregos, somados muitas vezes aos afazeres domésticos. Há ainda poucos patrocinadores no mundo do futebol feminino, mesmo que essa tendência esteja começando a reverter-se lentamente.
Não restam dúvidas de que, apesar de todas as dificuldades que devemos superar para conquistar nossas metas, são cada vez mais raros os territórios em que nós, mulheres, não possamos nos sobressair.
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Fonte: CNN | Imagem: A.RICARDO / Shutterstock.com