Morre Linda Brown, a estudante que pôs fim à segregação racial nas escolas dos EUA
Linda Brown tinha apenas 9 anos de idade quando, em 1950, foi inscrita numa escola pública do Kansas e recusada logo em seguida. O motivo: a instituição só aceitava crianças brancas.
Foi então que seu pai, o reverendo Oliver Brown, entrou com um processo na justiça que mais tarde culminou na histórica decisão do Supremo Tribunal dos EUA de pôr fim à segregação racial nas escolas públicas do país.
A decisão, que ficou conhecida como "Brown vs. Board of Education", acabou com um sistema racista que regia as escolas americana desde 1896.
O Supremo argumentou, na época, que "separar as crianças negras de outras de idade e qualificações similares unicamente pela sua raça gera um sentimento de inferioridade quanto à sua posição na comunidade que pode afetar seus corações e mentes de um modo impossível de reverter".
Embora o caso de Linda tenha sido o mais icônico, o processo "Brown vs. Board of Education" agrupava várias outras queixas de estudantes rejeitados em escolas públicas por serem negros.
Numa entrevista de 1985, Linda comentou a decisão histórica: "Eu penso no que essa decisão fez para nossos jovens, na eliminação desse sentimento de cidadania de segunda classe. Acho que fez com que os sonhos, as esperanças e as aspirações de nossos jovens sejam hoje maiores", acrescentou.
Na última segunda, dia 26, Linda morreu aos 76 anos de causas ainda não informadas.
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Fonte: G1
Imagem: AP/Shutterstock